Este blog, mais do que "mãe de coração" tem
"fragmentos de uma vida comum".
Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral,
da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.
Este blog, mais do que "mãe de coração" tem
"fragmentos de uma vida comum".
Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral,
da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.
Há dias que fica difícil escrever aqui, parece que nada há a dizer, os dias passam e tudo está igual e parece redundante estar sempre a falar do mesmo, não ajuda a quem quer que seja (digo eu!).
Queria neste blog ajudar, partilhando a minha experiência, a ver/sentir que a adopção tardia não é assim tão complicada. Queria aproveitar, pelos comentários e troca de experiências, para aprender a melhor lidar com as situações que vou (vamos) vivendo. O primeiro objectivo é difícil avaliar, quanto ao segundo sei que estou a alcançar o desejado e por isso quero aproveitar a todos os que aqui partilharam as vossas experiências.
Como disse noutros posts tem dias que me esqueço que adoptei o meu filho, que há apenas uns meses que está connosco, sinto, por diversas vezes, que as dificuldades que sentimos são iguais à de outros pais que acompanharam os filhos desde o seu nascimento. Para nós esta criança que há "uns dias" entrou na nossa vida sempre foi nosso filho, desde que foi concebido que é nosso filho. Lamento apenas o tempo que passámos afastados e que por isso ele tenha tantos obstáculos invisiveis, mas palpáveis, para ultrapassar.
Acredito que tudo o que nós vivemos existe por necessidade, para moldar o nosso caracter (podemos é não aprender o que deveriamos com a experiência), mas tenho muita dificuldade em aceitar algumas coisas que são feitas às crianças pelo mundo fora!
olá, boa tarde! Acho que as duvidas fazem sempre parte do processo, em especial quando se espera tanto tempo. É certo que do meu primeiro filho não houve tempo para duvidas, mas no segundo processo em diversas alturas as houve. Primeiro, as mudanças profissionais fizeram-me questionar a minha disponibilidade mental e emocional para com um segundo filho; em segundo, as rotinas estavam instaladas, tínhamos o dia-a-dia organizado e portanto havia o receio do que seria mudar tudo; em terceiro, o meu filho, entretanto, já se tinha conformado com a ideia de não ter irmãos e estava a ter alguma dificuldade em aceitar a mudança também. Cerca de um mês ou dois antes de sabermos que tinham encontrado a nossa filha, pedimos reunião na SS com as nossas técnicas, expusemos as nossas duvidas e receios e, porque já antes tínhamos pensado no assunto, aumentámos 1 ano na idade pretendida, e definimos para nós mas 6 meses para manter o processo aberto. Acreditámos que se fosse para ser aconteceria nesse período, que se não houvesse notícias é porque a nossa filha não existia. Na verdade ao conversarmos com as técnicas ficámos também com uma ideia sobre como estava o nosso processo - grau de antiguidade, +/- quantos candidatos ainda estavam à nossa frente com um perfil similar aos nossos, tempo +/- ainda de espera. Mas esta foi a nossa experiência, para si e para o seu marido, não sei que tipo de duvidas terão, mas aconselho sempre a falar com as vossas técnicas e se eu puder ajudar com alguma duvida, baseada na minha experiência, terei todo o gosto em ajudar. É um processo difícil, mas quando é verdadeiramente desejado um filho, vale sempre a pena!