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UMA MÃE DE CORAÇÃO... e algo mais

Este blog, mais do que "mãe de coração" tem "fragmentos de uma vida comum". Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral, da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.

UMA MÃE DE CORAÇÃO... e algo mais

Este blog, mais do que "mãe de coração" tem "fragmentos de uma vida comum". Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral, da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.

26
Mai15

Números que me tocam o coração

Hoje fizeram-me chegar este artigo do Açoriano Oriental - "Só 11 candidatos querem adotar as 151 crianças com problemas graves ou deficiência". Apresenta números detalhados de candidatos à adopção e de crianças em situação de adoptabilidade (sim, para quem ainda não sabe, nem todas as crianças em instituições podem ser adoptadas!). 

 

O artigo diz também "por cada candidato disponível para adotar uma criança com problemas graves de saúde, há 15 crianças que podem ser adotadas. Já no que diz respeito às crianças com deficiência, a proporção é de um candidato para cada 12 crianças.". Esta é uma questão que me doi particularmente, afinal, aquando do meu/nosso processo de avaliação, fui uma das que rejeitou estas crianças. E embora a palavra "rejeitar" me soe muito dura essa é a realidade, rejeitei uma criança devido a uma característica particular dela, e isso ainda hoje me pesa no coração.

 

Há um lado que me diz, "e se fosse o teu filho biológico também o rejeitarias?"..."não, claro que não"..."então porque rejeitas na adopção?" ... e qualquer resposta que dou a mim mesma nunca é suficiente. Por outro lado, em consciência, não poderia adoptar uma criança com deficiência profunda (Deficiência Profunda, é toda aquela deficiência que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos - retirado do blog o mundo da ciencia), simplesmente porque não me sinto preparada psicologicamente para tal.

 

Podia aqui dizer que admiro a coragem de quem o faz (porque na realidade admiro) mas da mesma forma que não foi um acto de coragem adoptar uma criança mais velha, como algumas pessoas me dizem, para mim foi algo natural, que fazia sentido na minha vida, acredito que para essas pessoas também é assim!

 

Gostaria de ter a capacidade financeira, física e mental para poder adoptar todas estas crianças, mas não tenho, por isso peço-lhes desculpa!!

 

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