Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

UMA MÃE DE CORAÇÃO... e algo mais

Este blog, mais do que "mãe de coração" tem "fragmentos de uma vida comum". Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral, da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.

UMA MÃE DE CORAÇÃO... e algo mais

Este blog, mais do que "mãe de coração" tem "fragmentos de uma vida comum". Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral, da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.

19
Jan15

Este fim-de-semana...

...começou mal e terminou um pouco pior!

O meu "piqueno" andou quase toda a semana a ameaçar com uma gripe e a noite de 5ª-feira culminou com todo o esplendor da doença... ia dizer - até aí tudo bem - mas não é assim, porque é mesmo muito aflitivo ver o nosso filho doente e não poder fazer muito para o ajudar. Agora, quando juntamos a essa aflição o nosso estado de saúde debilitado, então está mesmo tudo estragado. O pobre passou a noite aflito com tosse e a mãe a arder com febre por mais vezes que o fosse ver também pouco lhe podia fazer, por isso, no dia seguinte lá fomos os dois para o médico...e não é que o cachopo estava melhor do que a mãe?!?!? Passou-lhe o vírus e recuperou rapidamente. Já eu, enfim, depois de um fim-de-semana de "semi-cama" (sim, que o rapaz até trepava paredes se a mãe não se levantasse!), tive de sacudir a poeira e retomar a rotina semanal.

 

Ora se nunca é agradável estar doente, fica ainda mais complicada a recuperação com uma criança por perto, que requer mmmuuuiiitttaaaa atenção! Para mim, esta foi uma experiência nova, não por ter crianças por perto quando estava doente, mas por estar no papel de mãe. Sim, o pai esteve presente, tratou das refeições, de entreter a criança, mas por algum motivo, que confesso ainda não realizei muito bem, para o meu filho não foi suficiente. Passei os três dias a explicar porque não podia/não consegui brincar com ele ou fazer os jogos que ele queria ou sair para passear, ainda assim, apesar da febre que carregou feio desta vez, tentei estar presente na mesa à hora da refeição, tentei dar carinho, propus programas mais suaves mas que poderiam ser realizados a dois (sessão de cinema, sessão de leitura), parecia que nada era suficiente, e quanto mais eu tentava mais ele provocava e se rebelava.

 

Ontem à noite quando o fui deitar estava pronto para fazer mais uma cena e quando o chamei, novamente, à atenção resolveu atirar-me à cara que eu não lhe tinha dado atenção nenhuma, aliás nunca dou, que não lhe fiz vontade nenhuma, como nunca faço e que sou uma péssima mãe.

 

Confesso que noutra altura, se calhar, iria sentir-me culpada, mas desta vez não. E por isso respondi-lhe que o comportamento dele não era aceitável; que o que estava a dizer não era verdade e que demonstrava um comportamento egoísta e que isso não é aceitável (pergunta sempre - Estás a dizer que eu sou egoísta?- a minha resposta é sempre - não, mas o teu comportamento é! - é sempre bom distinguir uma coisa da outra) nem respeita a pessoa que ele é.

 

Expliquei-lhe, novamente, que quando se chama a atenção com mau comportamento tem-se respostas negativas, nos momentos em que escolheu chamar à atenção de forma positiva teve respostas positivas e que assim será pela vida fora, que não ganha nada em fazer-se de vitima, muito pelo contrário.

 

Todos estes dias tentei que me explicasse o que o estava a incomodar, o porquê de andar histérico a fazer asneira atrás de asneira e a desobedecer a todo o segundo, a única coisa que me respondia era que queria atenção e como eu sabia que ele não estava a ser negligenciado de forma alguma questionei-o sobre que tipo de atenção é que queria, o que é que eu podia fazer para ele sentir que lhe estava a dar atenção, e então foi quando respondeu, "deixares-me jogar computador" ora como essa actividade está condicionada ao bom comportamento foi-lhe explicada a escolha que ele tinha de fazer, mas nem assim, por isso quando à noite acusa a mãe de ser má, confesso que fico um pouquinho satisfeita, significa que o estou a educar!

 

Mais do que atenção, o que ele queria era realizar a fantasia que criou sobre uma família, onde tudo gira à volta dele e todas as suas vontades são satisfeitas! Achava que por a mãe estava debilitada cederia mais facilmente, foi um choque grande perceber que não seria assim!

5 comentários

Comentar post