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UMA MÃE DE CORAÇÃO... e algo mais

Este blog, mais do que "mãe de coração" tem "fragmentos de uma vida comum". Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral, da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.

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Este blog, mais do que "mãe de coração" tem "fragmentos de uma vida comum". Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral, da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.

05
Mar15

EDUCAR vs SER FELIZ

"Educar dá mais trabalho do que servir o sorvete antes do jantar, já que seu filho está querendo tanto. Educar envolve mais compromisso do que pagar as 6 parcelas da viagem mágica. Educar é coisa de gente grande. Deve ser por isso que crianças não podem ter filhos. Porque filhos precisam de adultos."

 

Esta citação foi retirada de um artigo escrito por Cris Leão via Antes que eles cresçam, que uma pessoa amiga do Brasil partilhou comigo. E, talvez, os exemplos nele referidos, não reflictam a nossa realidade, mas a ideia por trás dos mesmos sim. Eu própria luto comigo mesma, diversas vezes, sobre esta questão. Querer que o meu filho seja feliz a todo o custo... e, em contrapartida, sentir necessidade de educá-lo. 

 

Uma das coisas que lhe digo muita vez, quando ele está zangado comigo por qualquer questão, é que, sei que está triste, sei que está zangado, sei que no momento não está muito feliz comigo, nem gosta de mim, mas não faz mal, se com esse momento eu conseguir ensinar-lhe algo que o fará feliz em adulto então vale a pena!

 

É claro que eu quero que ele seja feliz agora, mas essa não pode ser uma responsabilidade minha, ou será? De que forma é que é da minha responsabilidade fazê-lo feliz agora? Ensinando-o o certo e o errado? Impondo limites? Deixando-o lidar sozinho com a própria frustração? Ou será que devia simplesmente fazer-lhe todas as vontades? Será que por lhe impor limites, castigá-lo quando erra, privá-lo de ver todos os seus desejos correspondidos, ele não é feliz? Certamente não é a todo o segundo, mas até aí tudo bem, ninguém é. Então, como saber se é feliz?

 

Nos momentos difíceis atira-me sempre que NUNCA lhe faço as vontades, que NUNCA faço nada por ele, que NUNCA brinco com ele ou lhe dou o que ele quer. E eu respondo sempre, "Acredito que penses assim, mas eu estou de consciência tranquila. Sei que estou a fazer o melhor que posso e sei por ti. Sei que agora é difícil veres as coisas como elas são, mas tenho esperança que quando cresceres vais ver."

 

Ouvi dizer que: A dor de um filho é sentida em dobro pela mãe! - pode ser, aliás é. Dói-me quando o vejo triste e revoltado, mas não me sinto culpada. Acredito mesmo que é melhor que seja assim agora para que quando for adulto possa procurar a sua verdadeira felicidade.

 

Ás vezes sinto-me uma má mãe, fria até por pensar assim, mas depois leio artigos destes, falo com outras pessoas que também pensam assim, oiço mães de adultos felizes dizerem - Foi assim que os criei! - e sinto que certo ou errado, é nisto que acredito, e até prova em contrário, assim farei.

 

Porque será que sentimos que ao educá-los eles não são felizes?

 

Afinal o que é ser feliz? O que é uma criança feliz? 

 

O meu filho brinca, ri, chora e grita e eu acredito que é feliz!

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