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UMA MÃE DE CORAÇÃO... e algo mais

Este blog, mais do que "mãe de coração" tem "fragmentos de uma vida comum". Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral, da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.

UMA MÃE DE CORAÇÃO... e algo mais

Este blog, mais do que "mãe de coração" tem "fragmentos de uma vida comum". Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral, da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.

26
Jan16

Coisas que não deviam acontecer

...casal de médicos que queria adotar uma criança e a Santa Casa vetou essa possibilidade...

fonte: cmtv

 

 

Esta história não é nova, a novidade é a decisão do tribunal em revogar a decisão da Santa Casa da Misericórdia. 

 

Este caso mexeu comigo, ou melhor esta discussão, parece-me que muito ficou por dizer sobre a questão. É certo que as pessoas erram, as assistentes sociais são pessoas daí erram, no caso deste casal parece-me, pelo que é dado a conhecer, que erraram de forma muito séria e que deveria haver consequências, afinal este casal pode recorrer aos tribunais, outros haverá na situação deles que não o poderão ou conseguirão fazer.

 

No que me diz respeito devo dizer que senti exactamente o oposto, as assistentes sociais que acompanharam o nosso processo, numa outra região do país, foram de uma amabilidade, disponibilidade e compreensão extraordinária. Eu, durante os vários passos da avaliação, fui aumentado a idade a que me propunha, mas apenas por vontade própria, nunca sequer me foi sugerida tal situação. Foram-me apresentados factos, dados estatísticos que me permitiam tomar a decisão que mais se adequava à nossa família. Se algo disseram foi sempre que o tempo de espera poderia ser o mesmo e que a adaptação poderia ser mais difícil. Nunca me senti julgada pelas minhas opções, pelo contrário, nem pressionada a decidir por algo que não fosse o que eu desejava.

 

Faz-me muita confusão apresentarem estes casos (e este não é o primeiro que oiço) sem que ao mesmo tempo mostrem o outro lado, a verdade é que como esta mãe diz na entrevista, são situações destas que levam muitos a desistir da adopção e a criar mitos que nada (ou pouco) têm a ver com a realidade. E isso deixa-me profundamente triste. Não é sempre que corre mal e sim eu sou a felizarda que o pode dizer, mas acredito (aliás conheço) mais que, como eu, tiveram "sorte".