Este blog, mais do que "mãe de coração" tem
"fragmentos de uma vida comum".
Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral,
da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.
Este blog, mais do que "mãe de coração" tem
"fragmentos de uma vida comum".
Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral,
da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.
A "situação" da outra semana durou, mesmo, toda a semana! O pai falou com ele, a avó falou com ele, e aqui a mãe todos os dias lhe dava a oportunidade de pedir desculpa e a resposta era sempre a mesma " estou a pensar no assunto!".
Só na 6ª feira, quando voltei a insistir no assunto, é que percebi que a dificuldade dele não estava em reconhecer que tinha tido uma atitude errada, o que ele não percebia era como pedir desculpa...
...aparentemente, "a mãe fala bem" e por isso ele achou que devia preparar um grande discurso!!!
Melhor ou pior a situação ficou resolvida, e sempre que há um "arranque" menos simpático, recordo-lhe o que falámos nesse dia e fica tudo bem!!! Pode não durar muito, mas enquanto esta conversa estiver presente parece-me que vamos ter um pouco de "paz"!!
É o terceiro dia da lição mais difícil que tentei ensinar ao meu filho, ou melhor, não sei se é a lição ou se é o método que é difícil... seja como for, trago o coração apertado todo o dia...
Como ensinar os nossos filhos a respeitarem e a se fazerem respeitar, para mim, é muito difícil de ensinar. Já experimentei de diversas maneiras. Já castiguei, mostrando assim, que o comportamento não era aceitável. Já tive longas conversas sobre o que é respeito e como se deve agir. Já fingi não ver o comportamento, apenas para não ter de massacrar constantemente com o mesmo. Tudo isto fiz, conforme o que sabia, lia e via fazer, e nada funcionou.
Há alturas que parece que a norma é responder mal e com agressividade, e sim, sei que é próprio da adolescência, como forma de se afirmarem, mas será que por isso deve ser permitido e perdoado??? Ainda não estou preparada para pensar assim, ainda acredito que tenho de agir e ensinar mais.
Num artigo que li do Dr. Içami Tiba, e que, na altura, me pareceu um tanto exagerado (não o consigo encontrar mas logo que o consiga coloco aqui), ele dizia qualquer coisa como: para nos darmos ao respeito e ensinarmos o respeito, não podemos aceitar as faltas de educação, isto é, se nos insultam ou respondem de forma agressiva, não devemos agir como se nada tivesse acontecido, devemos afastar-nos e só voltar a interagir quando o erro for reconhecido e pedirem desculpa. Lembro que a minha irmã mais velha fazia isso com os filhos: se lhe respondiam mal só voltava a falar com eles depois de pedirem desculpa, e às vezes era complicado porque, frequentemente, esse pedido de desculpas demorava dias, e era vê-los quais borboletinhas de volta da mãe a tentar que ela cedesse. Se por um lado admirava a força dela em manter-se firme no propósito, também me custava pelos miúdos (ignorar os olhinhos suplicantes de atenção é tãããooo difícil!!!)...
Hoje sou eu nessa posição ... terceiro dia e ele recusa-se a pedir desculpa, continua a tentar justificar a atitude dele, apesar de eu lhe ter explicado que não há justificação... e aqui andamos nós neste braço de ferro, que eu sei que vou ganhar, porque apesar da dor que me provoca o meu amor por ele é maior e sei quão valiosa pode ser esta lição... só espero que termine em breve e tão cedo não tenha de a repetir!!!!