Este blog, mais do que "mãe de coração" tem
"fragmentos de uma vida comum".
Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral,
da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.
Este blog, mais do que "mãe de coração" tem
"fragmentos de uma vida comum".
Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral,
da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.
do melhor!!! adorei!! chorei a rir!!! muito bom mesmo!!!
peço desculpa mas tinha de partilhar!!
Já tive esta discussão com o marido algumas vezes sobre a diferença entre "fazer" e "ajudar"... ele também tem dificuldade em perceber o que distingue uma coisa da outra!!!
Esta história não é nova, a novidade é a decisão do tribunal em revogar a decisão da Santa Casa da Misericórdia.
Este caso mexeu comigo, ou melhor esta discussão, parece-me que muito ficou por dizer sobre a questão. É certo que as pessoas erram, as assistentes sociais são pessoas daí erram, no caso deste casal parece-me, pelo que é dado a conhecer, que erraram de forma muito séria e que deveria haver consequências, afinal este casal pode recorrer aos tribunais, outros haverá na situação deles que não o poderão ou conseguirão fazer.
No que me diz respeito devo dizer que senti exactamente o oposto, as assistentes sociais que acompanharam o nosso processo, numa outra região do país, foram de uma amabilidade, disponibilidade e compreensão extraordinária. Eu, durante os vários passos da avaliação, fui aumentado a idade a que me propunha, mas apenas por vontade própria, nunca sequer me foi sugerida tal situação. Foram-me apresentados factos, dados estatísticos que me permitiam tomar a decisão que mais se adequava à nossa família. Se algo disseram foi sempre que o tempo de espera poderia ser o mesmo e que a adaptação poderia ser mais difícil. Nunca me senti julgada pelas minhas opções, pelo contrário, nem pressionada a decidir por algo que não fosse o que eu desejava.
Faz-me muita confusão apresentarem estes casos (e este não é o primeiro que oiço) sem que ao mesmo tempo mostrem o outro lado, a verdade é que como esta mãe diz na entrevista, são situações destas que levam muitos a desistir da adopção e a criar mitos que nada (ou pouco) têm a ver com a realidade. E isso deixa-me profundamente triste. Não é sempre que corre mal e sim eu sou a felizarda que o pode dizer, mas acredito (aliás conheço) mais que, como eu, tiveram "sorte".
O Jardim da Paz é sem dúvida um local de tranquilidade, lugar de introspecção... apesar dos milhares que o visitam, é fácil encontrar um recanto sossegado.
A diversidade de culturas representadas num só jardim é para mim extraordinária.
Temos budas por todos os lados, com vários tamanhos e formas (pena não ter placas com o significado de cada um)
Há o jardim africano com dezenas se não centenas de estátuas, figuras humanas com ênfase nas imagens na mãe e os filhos
outras tantas de animais de todos os tipos, em pedra e em metal
Os portais japonezes (Tori) são tantos e tão diferentes, inseridos numa zona de mata que torna o passeio ainda mais agradável
Os lagos e fontes ajudam a refrescar, são mais um recanto de tranquilidade onde podemos apreciar centenas de carpas de tamanhos e cores diferentes
os longos relvados pontilhados de estatuetas aqui e ali
As colunas e estatuetas gigantes...
e claro, o exército de terracota... quando os vi pela primeira vez ainda estavam no barro original, depois vi alguns pintados com as mais diversas cores, e entretanto estão todos cobertos de azul (imagino que seja um tipo de protecção, já que, uma vez mais não tem placa explicativa)
Já percorri este "jardim" duas vezes, em anos diferentes, e quase não o reconheci nesta segunda volta. Se antes senti que ainda havia muito para ver (e fotografar), desta volta fiquei com a certeza que podia passar ali o dia todo e ainda descobrir recantos novos!!!
Vale mesmo a pena visitar!!!
Aos interessados é só consultar: www.buddhaeden.com/
Lamento pelos que não concordam, mas estas notícias entristecem-me profundamente. Damos um passo em frente e dois atrás!!
Porque será que esta questão continua a incomodar tanta gente é algo que me ultrapassa. Mais furiosa fico quando usam a expressão "o superior interesse da criança" para defender ideias que em nada beneficiam as crianças que tudo o que precisam é de quem as ame, cuide e proteja!!!
Estou triste mesmo, parece que esta novela não tem fim!!!
A semana passada alguém me confidenciou que se sente culpada quando se sente feliz, que não sabe porque sente isso pois conscientemente sabe que não há nada de errado em ser feliz, mas diz não conseguir evitar!
Eu, pelo contrário, sinto-me muito mal quando estou menos feliz, afinal seja qual for o momento que me deitou a baixo a verdade é que tenho muito que me faça feliz. Acho sempre que não tenho o direito de estar triste ou deprimida quando tenho tantas coisas boas na minha vida.
Em tudo é preciso equilibro.
Todos os sentimentos são válidos e merecem ser vividos, não recalcados nem prolongados. Procuro(e isto é um exercício que faço, nem sempre fácil), no dia-a-dia, aceitar o que sinto. Se algo me irritou, vivo esse momento, permito-me estar irritada e explodir e disparatar, por um pedaço de tempo, e a seguir questiono-me sempre de que adiantou. Quando estou triste ou deprimida com algo permito-me esses momentos por algum tempo (às vezes minutos, outros horas e, às vezes o dia inteiro) mas logo de seguida faço o mesmo exercício de reflexão e procuro o que me faz bem, o que me faz feliz.
Às vezes, em conversas, parece que só podemos ser felizes ou tristes, como se a vida só tivesse um lado, um lado que escolhemos à nascença e onde vivemos em permanência. Eu não concordo nada, por isso quando me dizem que pareço uma pessoa feliz digo que "sim, mas também tenho os meus momentos no lado negro!"
Depois de alguma hesitação, lá me decidi. Segunda-feira vamos à nossa primeira consulta com um psicólogo. Parece-me que a vertente que ele trabalha mais é a académica e, se por um lado, não era bem o que eu pretendia, é exactamente o que mais me preocupa.
Assim, vamos ver no que vai dar. O rapaz de início não estava muito convencido, tem sempre receio que lhe façam perguntas sobre o passado sobre o qual não quer falar. Depois de algumas conversas acabou por ficar mais à vontade e noto-lhe alguma curiosidade em ir conhece-lo.
Por outro lado estou eu, numa ansiedade louca... chega a ser irónico!!!
Devo dizer, antes de mais, que tenho uma família maravilhosa. E não o digo porque fica bem dizer, apenas constato uma realidade. Somos todos um pouco loucos, intrometidos (metediços, mesmo), unidos, companheiros, desbocados, incapazes de guardar segredos, defensores acérrimos dos nossos... enfim, acho que dá para ter uma ideia!
Tudo isto começou com os meus pais que, com todas as qualidades e defeitos, nos transformaram no que somos hoje. Entre essas qualidades e defeitos está incluída aquela que muitos consideram a "mãe" das qualidades, o altruísmo!... e é mesmo muito bonito, mas quando é elevada ao excesso vira defeito e os meus pais são peritos nisso, pegar numa qualidade e transforma-la em defeito.
Durante muitos anos todos os sacrifícios que fizeram eram justificados com a vontade de dar uma vida melhor às três filhas. Ora, depois do objectivo alcançado era de supor que reduzissem a dedicação... mas não é assim (o que em parte compreendo, mas não aceito)! A minha mãe, com os mil problemas de saúde que tem, continua a dar prioridade a cuidar dos outros. A última "loucura" foi achar que não devia gastar dinheiro (dela) a cuidar de um problema de saúde (dela) porque depois não teria nada para deixar às filhas!! Claro que não expos a questão desta maneira, mas felizmente, nenhuma das três filhas é idiota e todas a conhecemos muito bem.
Assim, cerrámos fileiras e tratámos de marcar as consultas no sector privado, e agendar os tratamentos necessários e arrasta-la até lá para resolver o problema. Sexta-feira passada levei-a para o primeiro tratamento e ainda saiu de lá a achar que era errado gastar tanto dinheiro com ela, que devia ter esperado para ser chamada pelo hospital público.
Sei que este é o mal de muitas mães e pais por aí, lutam uma vida inteira para criar os filhos e amealhar algum para dias piores e quando chega o momento em que precisam não são capazes de usufruir do que ganharam. Por isso aqui fica o recado que dei à minha mãe... "Não só podes como deves gastar este dinheiro contigo mesma, neste momento podes, amanhã se for preciso cá estaremos para resolver. Antes perderes o dinheiro do que a visão, do teu dinheiro nós não precisamos, mas do teu olhar sim!!"
Educamos pelo exemplo que damos e se queremos que os nossos filhos se cuidem, então temos de nos cuidar!!!
Hoje estava agendado o marido tirar o dia de férias. Era o meu último dia disponível nos próximos meses e ele ainda tem férias do ano passado para gozar, por isso tínhamos acordado passar um dia a dois.
A ideia era ir levar o pequeno à escola, passear de manhã, almoçar fora e uma ida ao cinema, coisa que não fazemos à anos. Pois, mas estes eram apenas planos!!! Ontem chegou com a notícia de que teria de passar de manhã cedo na empresa, talvez (TALVEZ!!!) conseguisse vir ao fim da manhã.
No final veio almoçar e acabámos a tarde às voltas por lojas de mobiliário a escolher o sofá novo da sala, para descobrirmos que as duas hipóteses que tínhamos escolhido não cabem no espaço pretendido!!!!
Parece que tenho mesmo bons motivos para deixar de fazer planos... ou pelo menos, da próxima vou tentar baixar as expectativas!!!!
Com tantas notícias sobre as más escolhas do ser humano, achei importante deixar uma mensagem diferente!!
"Ricardo Darin, talentoso ator e diretor argentino se recusa a gravar um filme que retrata os latino-americanos como narcotraficantes, e não se trata de questão de dinheiro."
Tenho mil ideias, mil pensamentos, mil sentimentos e não consigo passa-los para "o papel".
Tem sido difícil escrever. Gosto de discursos coerentes e não me sinto coerente. Num minuto estou em alta e no segundo seguinte nem por isso! A perspectiva para as próximas semanas não é a mais agradável. É um pouco como se suspendesse a minha vida durante uns tempos em prol dos outros, e no entanto não é bem assim, já que a vida continua.
Para a semana chega a minha avó e, pelo menos, por mais dois meses lá estarei durante todo o dia com ela. As rotinas de sempre, o silêncio de sempre, o mesmo desinteresse pela vida. E sim, amo a minha avó, e pode parecer insensível mas há muitas horas em que me questiono qual o sentido de uma vida assim... se é que se chama viver. Nem prazer no convívio diário com as filhas, netos e bisnetos consegue sentir... como ela própria diz "está à espera da morte!" e nós ali estamos no alto do palanque a assistir a isso mesmo. Não há ajuda possível, nem nossa nem dos profissionais. Não há volta a dar quando alguém que "vende" saúde desiste de viver. Ou se calhar não vende saúde já que a "cabecinha já não está cá"!!
Uma amiga no outro dia dizia-me que amar é também aceitar quando está na hora de parar!!! Será?? E o que significa parar? Deixar de cuidar??? Deixar de me incomodar por ela estar assim??