Este blog, mais do que "mãe de coração" tem
"fragmentos de uma vida comum".
Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral,
da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.
Este blog, mais do que "mãe de coração" tem
"fragmentos de uma vida comum".
Uni os dois blogs e, aqui, falo de adopção em geral,
da nossa experiência e de outros pedaços da minha vida.
Há uns dias encontrei um livro online com o título "A vida de um pai adoptivo" escrito por Anderson Hernandes, que nos dá uma perspectiva da adopção pelos olhos de um pai. Nele encontrei este poema escrito pelo autor e que quis partilhar:
“ANTES DE SER PAI Antes de ser pai eu dormia a noite inteira e nem sabia o quanto isso é tão importante Antes de ser pai eu não pisava nos brinquedos espalhados pela casa e tinha ciúmes das minhas coisas Antes de ser pai eu desfrutava do happy-hour no fim da tarde após um dia inteiro de trabalho Antes de ser pai eu raras vezes ia ao médico na calada da noite Antes de ser pai eu podia comer sempre que tinha fome Antes de ser pai eu nem conhecia uma história infantil Antes de ser pai eu não sabia que existiam backyardigans, Lasytown e Barney Antes de ser pai eu olhava os filhos dos outros e pensava como eles podem ser tão mal educados Antes de ser pai eu não imaginava que uma criança poderia ser tão inteligente e nem tampouco que ela pudesse ter sentimentos Antes de ser pai eu nunca imaginei que uma criança poderia me amar tanto, apesar de todos meus defeitos Antes de ser pai eu não sabia que alguém tão pequenino poderia trazer uma felicidade tão grande ao dizer a palavra pai."
Anderson Hernandes
Podem encontrá-lo aqui: http://www.andersonhernandes.com.br/livro-perfil-profissional/livro
Cá em casa esta frase é diária e também motivo para as maiores crises.
No início confesso que não entendia porque o meu filho ficava sempre revoltado a fazer os trabalhos de casa. É verdade, apesar de excelente aluno, detesta trabalhar/estudar, mas na hora de fazer os trabalhos, mesmo antes de abrir os cadernos, já estava a dizer que ia precisar de ajuda. Por experiência própria empurrei-o sempre para que tentasse fazer primeiro sozinho, e quando ia "ajudar" era apenas com explicações e nunca com respostas.
Como mais tarde descobri, não era o que estava habituado, no ATL que frequentava, as respostas eram-lhe dadas para que os trabalhos estivessem sempre feitos quando chegava à instituição. Ninguém verificava os seus cadernos ou os trabalhos, nem criava hábitos de estudo diário.
Ora, quando em casa com a mãe, não recebe o mesmo tratamento interpretou isso como desinteresse meu e falta de vontade de o ajudar. Daí a revolta!!!
Depois vem a insegurança dele, a baixa auto estima, que o impede de fazer o que quer que seja sem que lhe digam todos os passos. Ainda que saiba a resposta espera sempre que lha dêem primeiro para que não fique mal "na fotografia", como se costuma dizer. Mesmo tirando muito boas notas (muito acima do que esperávamos) para ele nunca chega, mas ainda assim, não põe a hipótese de dedicar-se um pouco mais, continua a achar que é simplesmente "burro" (termo que ele emprega embora esteja proibido na nossa casa).
Aprendi, com o tempo, que por vezes, tenho de pressioná-lo para "ter uma crise", chora e grita durante meia hora, até que acalma e faz o trabalho todo sozinho, cheio de confiança nele mesmo. Noutras alturas tenho de simplesmente virar costas e deixá-lo desenvencilhar-se sozinho.
Quando chega o fim do dia e está na hora dos trabalhos de casa o meu estômago e coração ficam sempre mais apertados...tenho vontade de pular esse momento que, na maioria dos dias, é doloroso, para ele e para mim, mas é também, provavelmente, o momento mais didáctico! Para nós, enquanto pais, desmontar as fantasias que trazia com ele é a parte mais complicada de todo este processo.
Há uns dias depois da crise, li-lhe o texto a baixo. Resposta dele: - "Tinhas razão, mas eu preferia que me desses as respostas!"
Mãe ajuda-me a fazer os trabalhos de casa – pede a maioria dos alunos!
Solicitar ajuda é comum. Todos nós o fazemos, mas a resposta que desse pedido advém é que pode fazer a diferença entre o voltar a ouvir o mesmo pedido, ou que o mesmo se vá rareando. Nunca devemos fazer por eles se queremos que eles aprendam. Quanto muito, demonstrar-lhes como se faz, mas não fazer. Ajudar a fazer sempre que sintamos que eles têm reais dificuldades. Orientar para que consigam fazer, aí sempre e nunca é demais!
É frequente que os alunos ao enfrentarem uma dificuldade peçam ajuda. É a forma mais rápida e simples de a ultrapassar e sem grande esforço do próprio. É aqui que reside a questão! É que se não for o próprio a saber lidar com as suas dificuldades e a superá-las, habituar-se-á a que sejam os outros a fazê-lo por ele! Sejam dificuldades escolares de uma forma inicial, sejam relacionais, sejam financeiras, sejam… Enraízam o hábito de que há um alguém externo que resolve os seus problemas.
É um erro parental comum que os pais cometem. Fazer e ajudar muito os filhos (maioria das vezes não necessitam). Necessitam sim que lhes indiquemos caminhos a seguir para que superem as suas dificuldades, encontrem as suas respostas, resolvam os seus problemas. Quanto mais cedo conseguirem, maiores são as oportunidades de desenvolver as competências necessárias para procurar e criar soluções novas, e desta forma, mais autónomos se irão tornar.
Neste caminho de ajudo/não ajudo, os pais referem como angustiante ver que os filhos demoram eternidades para fazer algo que com a ajuda deles se tornava bem mais fácil. E têm razão. Se os ajudarem o trabalho fica pronto mais rápido! Mas não são eles que o conseguem fazer sozinhos!
Comecei a ler este livro um pouco por acaso, não fazia ideia da história e das experiêcia que tinha para partilhar comigo, mas, no fim do primeiro capitulo estava completamente rendida. Era quase penosa a tarefa de o pousar. Relembrava nos mais diversos momentos as passagem que havia lido.
"Aquele seria seu novo lar. Queria pensar que teria uma vida diferente ali. Mas como poderia acreditar nisso de verdade? Tinha 14 anos e podia não saber muito, mas de uma coisa ela tinha a certeza: as crianças do Cadastro Nacional de Adoção eram retornáveis, como garrafas de refrigerante usadas. No dia anterior, a sua assistente social a acordara cedo para avisá-la de que deveria fazer a mala. Mais uma vez."
...
"Aliás, muita gente lhe dava esse conselho havia anos. Ela era criticada por apertar demais as rédeas da maternidade, por controlar os filhos, mas ela não sabia ser diferente. Desde o instante em que decidira ser mãe, iniciara uma batalha épica. Sofrera a dor de três abortos antes dos gêmeos. E houve um período em que, mês após mês, toda a vez que menstruava, sentia-se afundar numa depressão turva e cinzenta. Então, um milagre: engravidara novamente. A gestação fora difícil, sempre no limite, e ela teve de ficar quase seis meses em repouso total. Cada dia que passara naquela cama, imaginando os bebés, era uma batalha de determinação. E nela Jude dera a sua alma."
Não é um livro sobre a adopção, mas fala sobre o abandono e os medos de quem não tem uma família para crescer. Fala sobre os receios de educar, das consequências de se proteger demais, de dar liberdade a mais. Fala sobre as mudanças, por vezes trágicas, que podem ocorrer numa fraçao de segundos. Fala de dor, de perda, de amor, de loucura, de culpa e do doce alivio do perdão.
Confesso que foram muitos os momentos em que tive dificuldade em conter as lágrimas, consegui viver cada minuto da história!
Há dias que tudo se complica, em que parece que tudo conspira para nos tirar do sério, e nesses dias de pouco serve nos dizerem para termos calma ...aliás, comigo funciona em sentido contrário.
Ora como estou a tentar ensinar o meu querido filho a lidar com as emoções é preciso dar exemplo e sair aos gritos com ele não resulta muito bem (embora ele peça!! eu sei, é estranho) por isso tenho tentado algumas tecnicas de respiração para me acalmar.... as vezes não funciona...preciso afastar-me ... e quando é preciso, recito uma pedaço da oração da serenidade que me serve de "mantra"....repito até me acalmar.... Serei louca???
Tem dias que me sinto um pouquinho mais louca que o normal!!!
Confesso que nunca tinha ouvido falar desta possibilidade, até há uns dias alguém me ter sugerido que o cansaço que sentia seria o principio de uma depressão. Na altura achei ridículo, mas como em tudo na vida nunca descarto uma probabilidade sem me informar primeiro, daí ter encontrado alguns artigos que falam um pouco sobre o tema.
Não, não sofro de depressão nem de depressão pós-adopção (PADS - post adoption depression syndrome), de todos os sintomas que pesquisei o meu único problema é o cansaço...e se cansaço fosse sinónimo automático de depressão acho que o mundo teria sérios problemas.
Contudo, achei interessante alguns dos pontos mencionados e sendo um problema real de todo este processo, parece-me importante falar dele.
Encontrei um livro escrito em co-autoria por Karen J. Foli e John R. Thompson "The Post-Adoption Blues: Overcoming the Unforeseen Challenges of Adoption" que aponta como principal causa para a depressão pós-adopção as expectativas não atendidas ou irreais sobre os pais, as crianças, os familiares e a sociedade; pressão por parte de amigos e parentes; a tentativa de ser super-pais; e, o facto dos processos de adopção poderem ser longos e exaustivos criando stress e o medo do desconhecido.
Os sintomas apontados são semelhantes a qualquer outra depressão:Sono excessivo, sensação de agitação, fadiga, humor deprimido, alterações no peso, dificuldades em dormir, culpa excessiva, vergonha e indecisão.
Como medidas preventivas recomenda-se que os futuros pais se mantenham flexíveis e não esperem muito dos primeiros tempos em conjunto; o vinculo dos pais à criança e vice versa não é instantâneo, leva tempo e essa ligação depende muito, e muitas das vezes, da idade da criança; permitir alguma flexibilidade nos padrões de limpeza, as novas rotinas, uma nova pessoa em casa leva a uma alteração natural da organização, não vale a pena irritar-se por a casa parecer estar numa confusão; as actividades ao ar livre e os compromissos sociais aumentam (muitos são os que querem conhecer o novo membro da família) é, portanto, importante haver um certo planeamento prévio destes momentos para os pais e a própria criança não se sentirem sobrecarregados.
Ainda assim, é natural que estas medidas preventivas não sejam suficientes, e nestes casos será necessário procurar apoio externo, através de terapia, quer por aconselhamento quer através de medicação. O importante mesmo é procurar ajuda!
Na reunião de apresentação do processo do nosso filho (antes de o conhecermos) foi-nos solicitado que entregássemos um "álbum de família" para ele. É uma forma de fazer a primeira abordagem à criança sobre a família e a casa onde vai morar.
Confesso que inicialmente nem sabia por onde começar, felizmente a nossa equipa da Segurança Social (SS), mais uma vez veio em nosso socorro e deu-nos excelentes dicas. Pelo que me foi dado a entender não é sempre assim, mesmo as crianças fazem apresentações diferentes de lugar para lugar. O meu filho, por exemplo, fez um álbum com fotos em diversos momentos do quotidiano dele com textos sobre coisas que gostava e outras que não gostava. Certo é que algumas crianças escrevem apenas uma espécie de carta de apresentação para os novos pais.
Há uns dias uma pessoa amiga pediu ajuda para o "álbum de família" uma vez que não tinha quaisquer indicações sobre o que fazer, a ela pude enviar o nosso, aqui vou deixar as dicas que nos deram.
A primeira coisa que nos disseram era que seria bom que o álbum fosse em tamanho A5 pois é mais "portátil", muitas das crianças mais velhas levam-no para todo o lado e quanto mais pequeno mais fácil de manusear é.
Como capa a foto da família completa, para nós éramos só dois, mas se houver outras crianças/irmãos e/ou animais de estimação devem ser incluídos.
Depois vêm as fotos individuais com o nome próprio a identificar (coloquei mãe X e pai Y) cada um dos membros da família. De seguida, coloquei fotos de cada uma das divisões (sugeriram que pelo menos um dos membros da família estivesse presente na imagem para não parecer fotos de imobiliária) legendei com actividades que realizamos em cada uma delas.
Por fim vinham as fotos do quarto dele, com referência especial para alguns cantos que achámos que ele iria gostar mais. Nessas fotos deve aparecer uma foto dele ou uma placa com o nome dele para que sinta o espaço como seu (também foi sugestão da equipa).
Nas ultimas páginas, coloquei as fotos e nome (avô X, tia Z, prima Y) da família alargada mas só levei quando o fomos conhecer. Sugeriram que não enviássemos antes para não baralhar a cabecinha!!!
Tudo fiz baseado nas sugestões da nossa equipa da SS, outras poderão fazer diferente. O nosso filho, soube depois, que assim que recebeu o álbum, levou para a escola e andou a mostrar a todos os colegas e funcionários. Mais uma prova do quanto, este pequeno gesto, é importante para eles!
Na reunião que tivemos com as assistentes sociais da casa onde o nosso filho estava, uma das primeiras coisas que nos disseram é que era uma criança com alguns problemas durante a noite. Tinha muita dificuldade em adormecer e tinha um sono muito agitado, mexendo-se muito e acordando diversas vezes.
No segundo dia que estivemos com ele, já quis passar a noite connosco no hotel (tinhamos reservado quarto triplo para esta eventualidade e ele já lá tinha estado). Quando foi para a cama, estivemos na brincadeira durante um tempinho até que lhe disse que era hora de dormir, que estariamos na cama ao lado se precisasse de alguma coisa. Assim que se virou adormeceu profundamente. Confesso que não tendo dormido na noite anterior (fim do primeiro dia tinhamo-lo deixado de volta na instituição - assunto para outro post) estava de rastos, mas nem assim consegui dormir direito e por isso fiquei de vigia, algo desnecessário pois dormiu profundamente toda a noite!
Quando chegámos a casa, correu para o quarto dele (reconheceu pelo album - assunto para outro post) achei que se sentia tão bem ali que não teria problemas também em dormir sozinho no quarto. Estava errada!
Foi para a cama sem problema, pediu para ficar a ler um pouco um dos muitos livros que preenchiam as estantes do quarto, e então despedimo-nos dele depois de alguns mimos ficando de voltar para apagar a luz quando estivesse a dormir. Passado meia hora encontrei-o deitado de olhos esbugalhados a olhar o tecto, perguntei se não tinha sono, encolheu os ombros... perguntei se estava preocupado com alguma coisa, encolheu os ombros...perguntei, então, se estava com medo, encolheu os ombros...quando perguntei se queria que eu ficasse ao pé dele até adormecer, aí respondeu que se eu quisesse podia ficar!! Nem 5 minutos foram precisos para adormecer profundamente.
As noites seguintes foram iguais, tentámos que adormecesse sozinho até luz de presença arranjámos mas o resultado era sempre o mesmo, acabava sentada ao lado dele à espera que adormecesse. E assim passaram meses, até que chegaram as férias e aí fizemos um "trato". No primeiro mês eu ficaria 10 minutos a fazer-lhe companhia e no mês seguinte já ficaria sozinho. Claro que em todos estes momentos de mudança houve alguma resistência, mas fomos sempre recordando-lhe que o fazíamos para bem dele, para que desenvolvesse autoconfiança e também que pudesse confirmar que podia confiar em nós! Numa dessas noites de maior resistência quando já era suposto ficar a dormir sozinho, acabou por confessar que tinha medo que saíssemos e o deixássemos sozinho em casa (parece que era um hábito no seu passado) - sem querer dar a entender o que sabia disse-lhe apenas que não achava muito responsável deixar uma criança sozinha em casa e por isso não o fazia, mas que ele só poderia saber se era verdade ou não experimentando! Mais uma vez mostrou a sua coragem e assim fez! Nos primeiros tempos demorava mais tempo a adormecer como é natural.
Sobre a agitação de que nos falaram, percebemos nos primeiros fins de semana em que o deixávamos ficar até mais tarde que esse era o real problema. Deitar depois das 10h significava ficar quase uma hora para adormecer levantava-se durante a noite para beber água ou para ir à casa de banho, e acordava sempre mais cedo. Então resolvemos não abrir excepção ao fim de semana durante meses deitava-se sempre à mesma hora, mas também isso mudou e agora já temos um tempinho extra à noite aos fins de semana e férias.
Hoje em dia continuo a ir com ele na hora de deitar, temos uns minutos de mimos e conversa e depois fica a adormecer sozinho! Já não o faço porque ele precisa mas porque me dá um prazer imenso aquele momento que é só nosso!
Só não conseguimos apagar as luzes e encostar a porta do quarto, mas cada coisa a seu tempo. Como nos diziam as Assistentes Sociais, cada criança tem uma necessidade diferente, tem os seus medos e "fantasmas" e compete aos pais ver e saber o que é melhor!
Os números servem para reflectir, mas é importante não esquecer que por trás do número está um ser humano, uma criança, um jovem, que não teve a oportunidade de crescer no seio de uma familia.
Uma criança/jovem que sofre as consequências das escolhas dos adultos que os trazem ao mundo sem estarem preparados para os receber e dar um lar digno.
O crescente de jovens a serem institucionalizados dá-me muito que pensar. Como podem passar a infância sem que seja tomada uma atitude? será que os serviços de educação e/ou de saúde não estão atentos? será que a burocracia leva a que só seja tomada uma atitude tardiamente? será que são as dificuldades de lidar com a adolescência que levam a atitudes negativas dos progenitores?
Dá-me que pensar! Que posso eu fazer para ajudar a mudar esta situação?
Um total de 8.445 crianças e jovens estavam, em 2013, em instituições de acolhimento, segundo um relatório do Instituto de Segurança Social.
O relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens CASA 2013, foi entregue na Assembleia da República, e revela um ligeiro decréscimo do número de crianças e jovens acolhidas (menos 112), uma tendência frequente nos últimos anos.
Uma análise de 2006 a 2013 aponta para uma diminuição de 31 por cento.
Em 2006 estavam em instituições de acolhimento 12.245 crianças e jovens, em 2007 o número desceu para os 11.362, em 2008, para 9.556, em 2009, para 9.563, em 2010, para 9.136, em 2011, para 8.938, em 2012, para 8.557 e em 2013, para 8.445.
Contudo, em Portugal, o recurso a medidas de colocação institucional ainda se traduz, para muitas crianças e jovens, como a solução tida como a mais adequada, ainda que desejavelmente transitória.
O grupo dos jovens entre os 15 e os 17 anos é o mais representativo (2.839) seguido das crianças entre os 12 e os 14 anos (1.903).
Segundo o relatório, tem-se assistido, nos últimos anos, à alteração do perfil das crianças e jovens que entram no sistema de acolhimento.
A grande maioria dos acolhimentos diz respeito:
entre os 12 e os 20 anos, com um peso de 67,4 por cento (5.688),
entre os 0 e os 11 anos, com um peso de 32,6 por cento (2.757),
Ontem foi dia de circo! Há anos que sonhava com uma ida ao circo (não ía desde criança) mas, por falta de companhia nunca fui, até que ontem, a pedido do meu "piqueno". Fomos... a mãe, o filho... e a tia! Pois, parece que o pai tem um trauma qualquer com o circo !!!
Digamos que não foi o melhor espectáculo que já se viu, pelo contrário, o circo era muito pequeno, com números muito "básicos", muito pouco interessante. O nosso rapaz estava a ficar um pouco desiludido até porque está habituado a ver números espectaculares em televisão e nem os poucos animais que apareceram ajudaram, só o dromedário impressionou, mas apenas pelo tamanho. Foi o primeiro que ele viu ao vivo!
Salvou a tarde o último número com os palhaços à "chapada" - conseguiu arrancá-lo da cadeira à gargalhada! Doce momento para uma mãe. Acabou por sair feliz e a dizer a toda a gente que "até tinha sido divertido"!
PS. Só um aparte, aqui entre nós, mas achei o preço ridiculamente caro para um pequeno circo (A.15 C.10), começo a perceber porque mais pessoas não vão!